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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A carta do Cacique Seatle, 1855

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

    "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
    Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
    Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
    Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."









Discurso de Martin Luter King

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.
E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.
Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.
Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus Todo-Poderoso, nós somos livres afinal."










terça-feira, 9 de agosto de 2011

Suplica aos Santos Anjos

Em nome do Pai, Filho e Espírito santo Amem

Deus Uno e Trino, Onipotente e Eterno!
Antes de recorrermos aos Vossos servos, os Santos Anjos, prostramo-nos na Vossa presença e Vos adoramos: Pai, Filho e Espírito Santo.
-Bendito e louvado sejais por toda a eternidade!

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, que todos os anjos e homens que por Vós foram criados Vos adorem, Vos ame e permaneça no Vosso serviço!

E Vós, Maria, Rainha de todos os Anjos, aceitai benignamente as súplicas que dirigimos aos Vossos servos, apresentai-as ao Altíssimo – Vós que sois medianeira de todas as graças e a onipotência suplicante – a fim de obtermos graças, salvação e auxílio. Amem.

Poderosos Santos Anjos, que por Deus nos fostes concedidos para nossa proteção e auxílio, em Nome da Santíssima Trindade nós vos suplicamos:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos em Nome do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos pelo poderosíssimo Nome de Jesus;
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos por todas as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos pela Palavra Santa de Deus:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos pelo Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos em nome do amor que Deus tem por nós, pobres:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos em nome da fidelidade de Deus por nós, pobres:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos em nome de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos em nome de Maria, vossa Rainha e Senhora:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos pela vossa própria bem-aventurança:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos pela vossa própria fidelidade
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos pela vossa luta na defesa do Reino de Deus:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nós vos suplicamos:
-Protegei-nos com o vosso escudo!

Nó vos suplicamos:
-Defendei-nos com a vossa espada

Nós vos suplicamos
-Iluminai-nos com a vossa luz!

Nós vos suplicamos:
-Salvai-nos sob o manto protetor de Maria!

Nós vos suplicamos:
-Guardai-nos no coração de Maria!

Nós vos suplicamos:
-Confiai-nos às mãos de Maria!

Nós vos suplicamos:
-Mostrai-nos o caminho que conduz à porta da vida: o
Coração aberto de Nosso Senhor!

Nós vos suplicamos:
-Guiai-nos com segurança à casa do Pai Celestial:

Todos vós, nove coros dos espíritos bem-aventurados:
-Vinde depressa, socorrei-nos!

Nossos companheiros especiais e enviados por deus
-Vinde depressa socorrei-nos

Insistentemente vos suplicamos
-Vinde depressa socorrei-nos

O sangue preciosíssimo de nosso Senhor e rei foi derramado por nós pobres
Insistentemente vos suplicamos
-Vinde depressa socorrei-nos
  
O Coração do nosso Senhor e rei bate por amor de nos pobres
Insistentemente vos suplicamos
-Vinde depressa socorrei - nos

O coração imaculado de Maria Virgem puríssima e Vossa rainha bate por amor de nos pobres
Insistentemente nos vos suplicamos
-Vinde depressa socorrei-nos


São Miguel Arcanjo:
Vós, príncipe dos exércitos celestes, vencedor do dragão infernal, recebestes de Deus força e poder para aniquilar, pela humanidade, a soberba do príncipe das trevas.
Insistentemente vos suplicamos que nos alcanceis de Deus a verdadeira humildade de coração, uma fidelidade inabalável no cumprimento contínuo da vontade de Deus e uma grande fortaleza no sofrimento e na penúria. Ao comparecermos perante o tribunal de Deus socorrei-nos para que não desfaleçamos!

São Gabriel Arcanjo:
Vós, anjo da encarnação, mensageiro fiel de Deus, abri os nossos ouvidos para que possam captar até as mais suaves sugestões e apelos de graça emanados do Coração amabilíssimo de Nosso Senhor. Nós vos suplicamos que fiqueis sempre junto de nós para que, compreendendo bem a Palavra de Deus e Suas inspirações, saibamos obedecer-lhe, cumprindo docilmente aquilo que Deus quer de nós. Fazei que estejamos sempre disponíveis e vigilantes. Que o Senhor, quando vier, não nos encontre dormindo!

São Rafael Arcanjo:
Vós que sois lança e bálsamo do amor divino nos vos suplicamos, feri o nosso coração e depositai nele um amor ardente de Deus. Que a ferida não se apague nele para que nos faça perseverar todos os dias no caminho do amor. Que tudo vençamos pelo amor!

Anjos poderosos:
E nossos irmãos santos que servis diante do Trono de Deus, vinde em nosso auxílio!
Defendei-nos de nós próprios, da nossa covardia e tibieza, do nosso egoísmo e ambição, da nossa inveja e falta de confiança, da nossa avidez na busca da abundância, do bem-estar e da estima pública!
Desatai em nós as algemas do pecado e do apego às coisas terrenas. Tirai dos nossos olhos as vendas que nós mesmos lhes pusemos e que nos impedem de ver as necessidades do nosso próximo e a miséria do nosso ambiente porque nos fechamos numa mórbida complacência de nós mesmos!
Cravai no nosso coração o aguilhão da santa ansiedade por Deus para que não cessemos de procurá-lO com ardor, contrição e amor!
Contemplai o Sangue do Senhor, derramado por nossa causa!
Contemplai as lágrimas de Vossa Rainha, choradas por nossa causa!
Contemplai em nós imagem de Deus desfigurada por nossos pecados que ele por amor, imprimiu em nossa alma!
Auxiliai-nos a reconhecer Deus e adora-lo ama-lo e servi-lhe
Auxiliai-nos na luta contra o poder das trevas que, disfarçadamente, nos envolve e aflige!
Auxiliai-nos para que nenhum de nós se perca, permitindo assim que um dia nos reunamos todos, jubilosamente, na eterna bem-aventurança! Amem.

Link do vídeo: http://youtu.be/Xeck0upZbO0








segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rosário de São Miguel ou Terço dos Anjos (Completo) São Miguel, DEFENDEI...

O Sermão da Montanha










“Bem-Aventurados os Puros de Coração Porque Eles Verão a Deus”

Pobre pelo espírito” é aquele que se li bertou interiormente de todo o apego a qualquer
objeto externo.
“Puro de coração” é aquele que se libertou, não só dos objetos externos, mas, também,
do sujeito interno, isto é, daquilo que ele idolatrava como sendo o seu sujeito, o seu eu, embora
fosse apenas o seu pseudo-eu, o seu pequeno ego físico-mental.
Quem se libertou dos bens materiais fora dele possui o “reino dos céus” , porque o seu
reino já não é deste mundo; rejeitou a oferta do ego luciférico “eu te darei todos os reinos do
mundo e sua glória” - mas quem se libertou, também, do maior pseudo bem dentro dele, o seu
idolatrado ego personal, esse tem a certeza de “ver a Deus”, verá o verdadeiro Deus, porque
olha para além do seu falso eu.
De maneira que ser puro de coração é ainda mais glorioso do que ser pobre pelo
espírito; ser interiormente livre da obsessão do ego vivo é mais do que ser livre da escravidão
da matéria morta. Aliás, ninguém pode ser realmente livre da matéria morta dos bens externos
sem ser livre da ilusão do ego vivo, porque tudo que eu chamo “meu” é apenas um reflexo e
uma conseqüência do meu falso “eu”, o ego físico -mental; se o meu falso eu se tivesse
integrado no verdadeiro Eu, que é o Universo em mim, não teria eu necessidade alguma de me
apegar àquilo que chamo “meu”, os bens individuais. Enquanto o pequeno eu não tiver em si
suficiente segurança interna, necessita de buscar seguranças em fatores externos; mas a
segurança interna torna supérflua as seguranças externas; o pequeno eu fez tantos ‘seguros
de vida” porque não possui segurança. Age sob o impulso da lei da compensação.
A definitiva integração do pequeno ego físico -mental no grande Eu racional-espiritual é
que é pureza de coração, que garante uma visão clara de Deus. Ninguém pode ver claramente
o Deus transcendente do universo de fora antes de ver nitidamente o Deus imanente do
universo de dentro.
Nas letras sacras — como também nos escritos de Mahatma Gandhi — “impureza” quer
dizer egoísmo, e “pureza” significa o oposto, que é o amor universal a solidariedade cósmica.
Os demônios, no Evangelho, são constantemente chamados ‘espíritos impuros”, porque são
egoístas, tanto assim que procuram apoderar-se de corpos humanos, desequilibrando -os física
e mentalmente, só para gozarem de certo conforto pessoal que essa obsessão lhes dá. Esse
egoísmo é que é chamado “impureza”.
Gandhi, quando não conseguia fazer prevalecer os seus ideais entre os patrícios
renitentes, recorria a um período de “self -purification”, mediante a oração e o jejum, porque
atribuia essa falta de força espiritual ao seu egoísmo; para ele, egoísmo era impureza e
fraqueza, ao passo que amor era pureza e força.
Certa teologia cristã, quando fala em impureza, entende apenas o abuso dos prazeres
sexuais. Estes, certamente, também fazem parte do egoísmo humano, são o egoísmo da
carne; mas não são a única nem mesmo a principal zona do egoísmo ou da impureza; todo e
qualquer egoísmo é impureza. Os demônios de que o Evangelho nos fala, eram “espíritos
impuros”, embora não estivessem sujeitos à impureza sexual. Eram impuros por egoísmo.
O egoísta impuro não pode ver a Deus, que é amor puríssimo. O egoí smo, portanto, a
egolatria, equivale a uma cegueira mental. Entre o Deus -amor e o homem egoísta se ergue,
por assim dizer uma muralha opaca que intercepta a luz divina. Enquanto o homem não
ultrapassar as estreitas barreiras do seu ego personal, está com o s olhos vendados, separados
de Deus por uma camada impermeável à luz, que é a impureza do coração. Por mais que um
ególatra ouça falar em Deus, nada compreende, porque com preender supõe ser. Ninguém
pode compreender senão aquilo que ele vive ou é no seu í ntimo ser. Entender é um ato mental,
mas compreender é uma atitude vital; entender mentalmente é uma função parcial, unilateral
do nosso ego humano — compreender é uma vivência total, unilateral, do nosso Eu divino.
Quem não é divino não pode saber o que é Deus. O egoísta é antidivino, e por isso não pode
compreender o que é divino, não pode ver a Deus”, antes de adquirir “pureza de coração”.
“Ver a Deus” “ver o reino de Deus”, são ex pressões típicas queJesus usa para designar a
experiência direta da Realidade eterna, o contato íntimo com ela. Outros crêem em Deus —
mas só o puro de coração vê a Deus. O simples crer, embora necessário como estágio
preliminar, não é suficiente para a definitiva redenção do homem, que consiste na vidência ou
visão de Deus. “Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus”...
*
Se é difícil a “pobreza pelo espírito”, muito mais difícil é a “pureza do coração”. O
desapego dos bens externos é o abandono de algo que não fez, nem jamais poderá fazer parte
integrante do homem algo que nunca foi nem pode ser realmente “seu” - ao passo que o ego
personal faz parte integrante do homem, é “seu”, embora não seja ele mesmo; e por isso a
renúncia à sua personalidade físico -mental em prol da sua individualidade espiritual é, incomparavelmente,
mais difícil do que a renúncia à cobiça dos bens externos. Parece ser uma morte
para o homem que ainda não descobriu o seu eterno Eu. Mas essa morte é indispensável para
a ressurreição. A coragem de arriscar ou não arriscar esse salto m ortal do ego humano para o
Eu divino é que divide a humanidade em dois campos: em profanos e iniciados, nos de fora e
nos de dentro, em cegos e videntes, em inexperientes e experientes, em insipi entes e em
sapientes. É necessário que o homem sofra tudo is so para, assim, entrar em sua glória...
*
O despertar dessa nova vidência, que existe, dormente, em cada um de nós, requer
exercício intenso, assíduo e prolongado, porque o homem tem de superar barreiras já
estabilizadas há séculos e milênios. Se essa v idência não fizesse parte integrante da natureza
humana, nenhuma esperança haveria de podermos despertá -la, porque não se pode despertar
o que não existe. Mas nós sabemos que ela existe. Em alguns essa vidência adquiriu
intensidade e nitidez muito maior do que em nós, e pelo menos num homem, chegou ela, a ser
perfeitamente desenvolvida. Ora, o que aconteceu uma vez pode acontecer mais vezes.
Sem exercícios sistemáticos e bem orientados é impossível termos esse contato
consciente com o grande mundo desconhe cido.
Os exercícios, porém, não consistem apenas em determinadas técnicas
intermitentemente praticadas, como as escolas iniciáticas prescrevem; muito mais importante
que essas práticas periódicas é a vivência contínua, o viver de cada dia inteiramente pau tado
por essa realidade.
Esse exercício diário e vital consiste, principalmente, em uma permanente atitude interna
de querer servir, servir espontânea e gratuitamente a todos. Esse clima de querer servir,
espontânea e gratuitamente, remove os obstáculos q ue existem entre nós e o Todo (Deus),
porque diminui gradualmente o egoísmo unilateral e exclusivista e aumenta a solidariedade
unilateral e inclusivista, que uns chamam altruísmo, outros amor, outros ainda benevolência
universal. Com essas práticas diári as, a muralha opaca que se ergue entre nós e Deus se torna
cada vez mais transparente, permitindo -nos a visão da grande Luz.


Se se perdessem todos os livros sacros da humanidade, e só se salvasse O SERMÃO DA
MONTANHA, nada estaria perdido
.”
Mahatma Gandhi



Tao Te Ching - verso 22

Aquele que conhece o outro é sábio. Aquele que conhece a si mesmo é iluminado. Aquele que vence o outro é forte. Aquele que vence a si mesmo é poderoso. Aquele que conhece a alegria é rico. Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.

Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo.

O sábio não se exibe, e por isso brilha.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele.
                                  
                                                        Lao tse

 Fonte: http://www.saindodamatrix.com.br